Viagem Medieval de Santa Maria da Feira
Não sei o que é verão sem Viagem Medieval. Desde que me lembro, sempre tive a Viagem para visitar (na realidade, houve uns aninhos da minha vida onde ela não existia, mas era pequena e eu não tenho grandes recordações desses tempos). Desde os meus 16 anos que participei como voluntária. Este ano não. E a melancolia é enorme. Mesmo tendo ido lá todos os dias, não se vive da mesma forma. Estar por detrás do que é exposto aos visitantes é incrível. Aquela necessidade de saber exactamente o que se passa em cada dia, esforçar por prestar o melhor serviço possível, ter que vestir a rigor (mesmo com todas as exigências impostas)... Sempre tive orgulho em participar todos os anos e passava o resto do ano a pensar naqueles 10 maravilhosos e exaustivos dias.
Enquanto visitante, a Viagem sabe-me a pouco. Não consegui saborear as coisas da mesma forma que anteriormente. Sentia sempre que faltava algo. Tive bem mais tempo para visitar as barracas, é verdade. Pude experimentar mais doces (existem umas rosas de maçã e massa folhada divinais!). De facto, consegui fazer bem mais do que alguma vez fiz. Mas as coisas foram feitas com nostalgia.
Hoje é o último dia e, apesar do calor tremendo que se vive, vou lá estar a aproveitar e guardar o maior número de recordações para (tentar) aguentar o tempo que falta para a próxima edição.