Filmes vistos: Okja
Tive conhecimento deste filme quando foi apresentado no Festival de Cannes deste ano e a polémica que houve em redor dele (o filme é da Netflix). Na altura, achei que o filme parecia interessante, mas não estava preparada para o carrossel de emoções que tive ao longo do filme.
Este filme gira em torno de uma jovem rapariga, chamada Mija, que vive no campo, na Coreia do Sul, juntamente com o seu avô e Okja, uma super-porca criada pela Mirando Corporation. Esta corporação criou esta super-espécie com o intuito de tornar a carne de porco mais saudável e com menor impacto ambiental, e decidiu enviar alguns destes animais para diferentes pontos do planeta, para serem criados de formas diferentes e, ao final de 10 anos, será eleito o melhor super-porco. Okja é a "sortuda" que ganha este título, só que, tal como aconteceu aos outros e ao contrário do que Mija achava, é obrigada a regressar aos terrenos da Mirando Corporation. Mija não se resigna em ficar sem Okja e parte à procura de dela. Acaba por encontrar a Animal Liberation Front, uma organização internacional que luta pelos direitos dos animais, e unem-se com o objectivo de salvar Okja e de a levar para casa.
O filme deixou-me completamente agarrada ao computador, a roer as unhas das mãos e a tentar controlar as lágrimas. Tem cenas de humor bem colocadas e algumas cenas são bastante pesadas (se alguém estiver interessado em ver e tiver alguma sensibilidade, tenha cuidado quando ouvir alguém gritar "Alfonso"). Se tiverem preocupados com o final de Okja, posso dizer que é salva, mas a cena do salvamento é bastante emotiva, capaz de partir corações.
Gostei muito de ver este filme e de como criaram um filme em que fala incrivelmente bem do valor da amizade, da ganância corporativa e dos direito dos animais. Felizmente, há muito que não toco em carne de porco, pois se ainda comesse, teria deixado de comer após ver este filme.