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Tu tens a mania

Tu tens a mania

Rescaldo da Feira do Livro do Porto

Eu bem disse que ia levar uma lista de autores para a Feira do Livro do Porto. Eu bem disse que ia dar prioridade a esses autores. Mas, na realidade, apenas comprei 3 livros desses autores (Eça de Queiróz e Agustina Bessa-Luís). Tudo o resto estava fora dessa pequena lista. Paciência

 

Quase metade dos livros que adquiri são em segunda-mão. E consegui encontrar um livro que há muito me despertava curiosidade e que só o encontrava à venda na versão para bolso, que não gosto nada (Papillon)

 

Ainda estou de volta do que gastei nesta pequena viagem encantada à Avenida das Tílias (perdi dois recibos e não tenho a certeza do valor desses dois recibos :o ), mas acho que, apesar de ter saído de lá com a carteira vazia, saí com o coração (e as mãos) cheio

 

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A Morte é um Acto Solitário - Ray Bradbury

Rapariga Encontra Rapaz - Ali Smith

A Odisseia de Penélope - Margaret Atwood

Breve História de Sete Assassinatos - Marlon James

Do Que Falamos Quando Falamos de Amor - Raymond Carver

A Sibila - Agustina Bessa-Luís

O Ministério da Felicidade Suprema - Arundhati Roy

Os Flamingos Perdidos de Bombaim - Siddharth Dhanvant Shanghvi

Henry & June - Anais Nin

Papillon - Henri Charrière

Isabel da Baviera - Alexandre Dumas (v1 e v2)

O Crime do Padre Amaro - Eça de Queiróz

A Ilustre Casa de Ramires - Eça de Queiróz

 

Livros Lidos: Está tudo f*dido

 
"Vivemos numa época estranha. Apesar de termos mais liberdade, saúde e riqueza do que em qualquer outra época da história, tudo à nossa volta parece terrivelmente f*dido: aquecimento global, queda de governos, economias em colapso e todos permanentemente ofendidos nas redes sociais. Temos acesso a tecnologia, a educação e a formas de comunicar que os nossos antepassados nem sequer imaginavam, mas ainda assim sentimos uma esmagadora desesperança. Afinal, o que é que se passa connosco?

Com a sua habitual mistura de erudição e humor, Mark Manson desafia-nos a olhar para o mundo com outros olhos. Com base em investigação psicológica e na sabedoria intemporal de filósofos como Platão e Nietzsche, o autor disseca a política e a religião e mostra como as duas se tornaram desconfortavelmente semelhantes. Analisa a nossa relação com o dinheiro, o entretenimento e a internet, desafiando as definições de fé, felicidade, liberdade e até da própria esperança.
Um livro de leitura obrigatória que nem todos merecemos, mas de que todos precisamos"

 

Li A Subtil Arte de Saber Dizer Que Se F*da no início deste ano e devo dizer que gostei da forma como Mark Manson escreve. É directo e diz o que é preciso, mesmo que doa, e, no entanto, consegue enfiar alguma comédia pelo meio. Neste livro, a coisa foi igual

 

Começou assim o estúpido concurso de medição de pilas também conhecido como história da humanidade

 

Gostei muito mais de Está Tudo F*dido. Tem uma vertente mais filosófica e foi um excelente livro para ler durante as férias. O livro trata-se, no fundo, de 247 páginas de divagação sobre o que vai mal no mundo e de como, mesmo assim, é possível ser feliz. Apresentou vários conceitos que achei interessantes e permitiu-me olhar para os meus actos de outra forma. Não é um livro revolucionário, mas ajuda a colocar as coisas em diferentes perspectivas e a entender um pouco melhor o que vai de mal no mundo

 

A perseguição da felicidade é um valor tóxico que tem desde há muito definido a nossa cultura. Derrota-se a si mesma e é ilusória. Viver bem não significa evitar o sofrimento, significa sofrer pelas razões certas. Porque, se somos forçados a sofrer pelo simples facto de existirmos, é melhor que aprendamos a sofrer bem

 

Acredito que seja um livro que irei pegar várias vezes.Pelo conteúdo e pelas referências que ele usa ao longo do livro. E pela força que o livro transmite. Pois, apesar de estar tudo f*dido, ousar ter esperança por um mundo melhor é um acto de rebeldia

 

Não espere melhor. Seja melhor. Seja algo melhor. Seja mais compassivo, mais resiliente, mais humilde, mais disciplinado

Algumas pessoas acrescentariam 'Seja mais humano', mas não - seja um melhor humano. E ,se tivermos sorte, um dia seremos mais do que humanos

 

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Feira do livro do Porto - antevisão

A Feira do Livro no Porto começa amanhã. E, como já vem sendo tradição, no próximo sábado vou gastar dinheiro

 

Normalmente, vou sem qualquer livro em mente. Gosto de ver o que está a ser vendido, adquirir livros que já tinha visto à venda online e que até me interessavam e, sobretudo, descobrir autores que não conheço. No entanto, este ano, vou fazer algo diferente: tenho uma pequena lista de autores que gostaria de experimentar. Irei, na mesma, de mente aberta, mas darei prioridade aos livros destes autores. Tenho, também, autores que já conheço e de quem gostaria de ler mais obras. Não é uma coisa grande, são pouco mais de meia dúzia de nomes, mas gostava realmente de aproveitar a oportunidade para me concentrar nesses autores. Também não queria gastar muito e, por isso, terei de escolher bem os livros e comparar preços. Porém, o que quero mesmo fazer é divertir-me e passar uma tarde rodeada de livros e de natureza

 

A Feira do Livro do Porto começa amanhã, dia 6 de Setembro, e durará até ao dia 22 de Setembro

 

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Livros Lidos: Raparigas como Nós

"Uma história de amor irresistível, que é também o retrato de uma geração que cresceu sem redes sociais. Pode uma paixão da adolescência marcar o resto da vida?
Festivais de Verão, tardes na praia, experiências-limite com drogas, traições e festas misturam-se com amores improváveis e velhas amizades. Um romance intemporal nos cenários de Lisboa, Cascais e Madrid, que mostra tudo o que pode esconder-se atrás da vida aparentemente normal de uma rapariga… como tu.
«Beijamo-nos ao som daquela música que ouvia em casa sozinha deitada na minha cama. Durante o resto da vida, não importaria o que estivesse a fazer ou onde, quando ouvisse os primeiros acordes […], recordar-me-ia do olhar do Afonso fixado em mim, da sua mão no meu rosto, do meu coração a tremer e de me sentir a rapariga mais feliz do mundo. Porque Lisboa está cheia de bares a abarrotar de miúdas bonitas que, num piscar de olhos, se colocariam de gatas a ronronar nas suas pernas. Mas ele viu-me a mim.»
«Se algum dia se sentirem sozinhas, estranhas, deslocadas do mundo que vos rodeia, lembrem-se da Isabel, da Alice, da Luísa, da Marina e até da Marisa das argolas… Raparigas como nós.»"

 

Comprei este livro assim que este foi lançado. A minha intenção era o ler quando fosse de férias, mas, na realidade, não resisti, peguei nele e devorei-o em poucos dias

 

"Os cães dão confiança a toda a gente. Os gatos são selectivos"

 

Este livro conta-nos as aventuras românticas (e não só) de Isabel na adolescência e na fase de jovem prestes a enfrentar os desafios da universidade. Aventuras essas que aconteceram durante a década de 90 e 00. É um livro onde são expostas as dúvidas e problemas que muitos adolescentes vivem em torno do seu primeiro amor e da forma como este influencia todos os amores que virão depois. Pelo meio, fala-se, também, em problemas e vivências que começam a aparecer durante a adolescência: festas, drogas, brigas por causa daquela pessoa, o desejo de ser melhor que os outros (nem que para isso se tenha que humilhar os outros) e a "necessidade" de viver tudo ao máximo, no matter what

 

"Talvez os rapazes se apaixonem por uma imagem, por um corpo. As raparigas não. Apaixonamos-nos por toques, por gargalhadas, pelo sentido de humor"

 

Foi um livro que me fez regressar à minha adolescência (apesar de só ter sido adolescente na década 00). Revi-me em várias situações e fiquei a reflectir sobre as minhas acções de jovem adolescente a tentar compreender o mundo. Admito que tenho pena de não ter tido um diário enquanto adolescente. Se tivesse, teria me divertido a ler os meus desabafos de adolescente a sofrer de amores

 

"Mas será a ternura um novo sentimento ou apenas saudade daquela fase da minha vida em que fui tão feliz?"

 

O desfecho, para mim, foi um pouco inesperado. Porém, após uma pequena reflexão, admito que seria algo óbvio de acontecer e que eu apenas tentei negar as evidências

 

"As pessoas entram na nossa vida para nos dar algo. E todas as relações, quer sejam de amizade, trabalho ou amor, são relações. Não é preciso definir as coisas e dar-lhes nomes pomposos. Basta vivê-las. Quando acabam, deixamo-las ir. É sinal de que essa pessoa já não tem nada a acrescentar à nossa vida, terminou a sua missão connosco"

 

Gostei imenso de ler Raparigas como Nós. Há já algum tempo que não chorava ao ler um livro e há ainda mais tempo que não estava dividida entre terminar o livro para saber como a coisa acaba ou não acabar o livro de modo a que a história não acabasse. Para mim, é um excelente livro para se ler durante o verão, nem que seja para reviver as nossas paixões de adolescência que sabem melhor acompanhadas com o calor de verão e o cheiro a mar

 

"A pessoa certa nunca chega no momento errado. Porque as pessoas certas fazem-nos querer atirar ao ar todos os planos que fizemos"

 

 

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Livros Lidos: Giovanni's Room

"David, a young American in 1950s Paris, is waiting for his fiancee to return from vacation in Spain. But when he meets Giovanni, a handsome Italian barman, the two men are drawn into an intense affair. After three months David's fiancee returns and, denying his true nature, he rejects Giovanni for a 'safe' future as a married man. His decision eventually brings tragedy"

 

Descobri este livro por acaso, enquanto pesquisava um outro livro (que acabou por ficar para segundo plano após ter descoberto este). Assim que li a sinopse, fiquei curiosa e não consegui resistir

 

"Perhaps home is not a place but simply an irrevocable condition"

 

O livro, tal como a sinopse diz, centra-se em David, um jovem americano em Paris que, enquanto espera que a sua noiva regresse de Espanha, conhece Giovanni. Estes acabam por se envolverem e, assim que a sua noiva regressa, David vira as costas a Giovanni, o que leva a que este tome algumas decisões que o levarão à tragédia

 

“People who believe that they are strong-willed and the masters of their destiny can only continue to believe this by becoming specialists in self-deception. 

 

Este livro explora temas como a identidade sexual, identidade de género e masculinidade. Um livro escrito nos anos 50 com temas ainda bastante pertinentes para a sociedade actual. Gostei imenso da forma como a história é contada e como estes temas são explorados. O final do livro deixou-me com um pequeno nó na garganta, mas adorei o livro e não mudaria nada nele. Tenho é pena que não se encontra este livro traduzido para português, bem como a grande maioria dos livros de Baldwin (só existe um livro traduzido). Fiquei bastante curiosa em relação aos restantes trabalhos do escritor e acredito que ainda irei adquirir outro livro dele este ano

 

“If you cannot love me, I will die. Before you came I wanted to die, I have told you many times. It is cruel to have made me want to live only to make my death more bloody" 

 

“Love him,’ said Jacques, with vehemence, ‘love him and let him love you. Do you think anything else under heaven really matters? And how long, at the best, can it last, since you are both men and still have everywhere to go? Only five minutes, I assure you, only five minutes, and most of that, helas! in the dark. And if you think of them as dirty, then they will be dirty— they will be dirty because you will be giving nothing, you will be despising your flesh and his. But you can make your time together anything but dirty, you can give each other something which will make both of you better—forever—if you will not be ashamed, if you will only not play it safe.’ He paused, watching me, and then looked down to his cognac. ‘You play it safe long enough,’ he said, in a different tone, ‘and you’ll end up trapped in your own dirty body, forever and forever and forever—like me."

 

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Feira do Livro de Lisboa

Tenho que começar a considerar a Feira do Livro de Lisboa como uma ameaça ao meu estado financeiro. Tive a minha primeira experiência no ano passado e a de este ano superou as expectativas

 

Eu já estava minimamente preparada e tinha colocado uma certa quantia de dinheiro de parte com o propósito de ser gasto na FLL. No entanto, jamais pensei que fosse utilizar todo esse dinheiro em livros de uma assentada só. Tenho sempre uma expectativa elevada no meu poder de auto-controlo, mas já deveria saber que não tenho qualquer capacidade de me controlar

 

Os livros que comprei foram livros em que eu já tinha andado de olho neles. Houve apenas um livro que foi uma compra de puro impulso, mas já o queria ler em português há vários anos e, portanto, não me arrependo nada de o ter comprado praticamente sem desconto

 

Entrei no recinto determinada em ver as bancas todas sem comprar algo e que só no fim iria fazer as compras. Comecei de um lado, passei pela editora 2020 e pela Leya, anotei os livros que me chamavam a atenção e fui continuando descontraída até chegar à Porto Editora, que é a minha desgraça. Dito e feito. Não resisti e lá comecei a encher o saco de livros. Já com uma boa quantidade deles ao ombro, fiz o percurso inverso para ir buscar outros livros que tinha visto e que queria definitivamente levar. Já satisfeita, abandonei o recinto a pensar que tinha feito umas boas compras. Do nada, lembro-me que não passei pelo stand da Fnac e comecei a remoer. Porém, carregada, não tinha paciência de voltar para trás e, como tinha coisas planeadas para o dia seguinte, acabei por me congratular, pois não iria gastar mais dinheiro e permanecia ignorante aos preços que a Fnac estava a praticar

 

Mas quis o destino passar-me uma rasteira e, no dia seguinte, estive com uns amigos e eles sugeriram passear na FLL. Inevitavelmente, passamos pela Fnac e, assim, começou o meu pequeno tormento. Os descontos deles eram apelativos, mas, como eu já tinha esgotado o plafond que tinha para livros, só pude olhar de forma sonhadora para eles e suspirar

 

Tenho que admitir que estou feliz por ter conseguido resistir aos livros da Fnac. Acabei por sair de lá com uma listinha de livros que me interessam e que pode ser que depois do mês de Setembro pode ser que os compre (sim, não vai haver livros novos para a menina até à Feira do Livro do Porto)

 

Voltando aos livros que comprei, estou, de facto, satisfeita com eles. São livros que já tinha visto e que me tinham despertado o interesse. Consegui a grande maioria com excelentes descontos e, por isso, acabei por conseguir trazer mais livros do que tinha pensado. Jamais pensei conseguir Americanah em português com um preço tão baixo como o que paguei. Vim para casa carregadinha, porém fiquei admirada por ver pessoas com bem mais livros do que eu e a continuarem às compras como se nada fosse (como é que eles aguentam??). Tive uma “agradável” surpresa da parte da Porto Editora, que se esqueceu de desactivar os alarmes dos livros e que, quando estava no lado oposto da Feira, começaram a tocar e fui obrigada pelo segurança a passar cada livro que tinha pelos sensores e a procurar pelos alarmes para os colocar no lixo. Devo dizer que foi uma experiência “fantástica” e a não repetir, sff! Ainda estive para ir à Porto Editora reclama, mas estava cansada e tinha muito que caminhar até lá. E, como enquanto eu estava a ser revista, apareceram mais três pessoas com livros de lá a apitarem, fiquei com a esperança de que algum deles tenha ido reclamar da coisa. Pelo sim, pelo não, hei-de enviar uma reclamação à Porto Editora

 

Resumidamente, diverti-me durante as poucas horas que lá estive, vim de coração cheio e de mente a pensar nos próximos livros que hei-de comprar e determinada a que sempre que eu comprar um livro, irei retirar imediatamente o alarme para evitar surpresas

 

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(Des)Vantagem de se estar doente

Hoje acordei mal. Cheia de dores, com vontade de vomitar e com pouca força para me levantar. Mas tinha de me levantar, mesmo que fosse faltar ao trabalho. Precisava da justificação médica e, após largos minutos de preparação mental, lá enfrentei a posição vertical e fui ao Centro de Saúde. Cheguei lá antes das 8 e fui a primeira a ser atendida na secretária. Porém, a senhora informa-me que só tem consulta para as 9h e disse-me que eu podia ir tomar um café antes de fazer a inscrição

 

O Centro de Saúde fica perto de um hipermercado que costuma ter promoções interessantes em livros. Eu bem que tentei resistir, indo a uma pastelaria que fica um pouco mais longe (onde só consumi chá e estava a ver que ele vinha todo para fora), mas estava demasiado ansiosa para estar quase uma hora parada num sítio movimentado e com barulho. E lá fui ao hipermercado (vazio)

 

Entrei enquanto dizia a mim mesma que só podia comprar um livro. No entanto, vi meia dúzia de livros interessantes, o que tornou a resolução difícil de manter. Ainda me passou pela cabeça não trazer qualquer livro, mas, estando doente, a minha força de vontade estava na reserva e já tinha gasto uma boa quantidade quando tive de me convencer a levantar da cama. Por isso, saí de lá com três livros debaixo do braço (ou melhor, escondidos na bolsa)

 

Consequentemente, a minha prioridade ao chegar a casa já não foi enfiar-me na cama, mas sim arranjar lugar para os três novos habitantes das minhas prateleiras

 

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Livros Lidos: A Educação de Eleanor

"Eleanor Oliphant tem uma vida perfeitamente normal – ou assim quer acreditar. É uma mulher algo excêntrica e pouco dotada na arte da interação social, cuja vida solitária gira à volta de trabalho, vodca, refeições pré-cozinhadas e conversas telefónicas semanais com a mãe. Porém, a rotina que tanto preza fica virada do avesso quando conhece Raymond – o técnico de informática do escritório onde trabalha, um homem trapalhão e com uma grande falta de maneiras – e ambos socorrem Sammy, um senhor de idade que perdeu os sentidos no meio da rua

A amizade entre os três acaba por trazer mais pessoas à vida de Eleanor e alargar os seus horizontes. E, com a ajuda de Raymond, ela começa a enfrentar a verdade que manteve escondida de si própria, sobre a sua vida e o seu passado, num processo penoso mas que lhe permitirá por fim abrir o coração"

 

Este é um daqueles livros pelos quais me sentia inexplicavelmente atraída. Vi-o, por diversas vezes, à venda, mas só li a sinopse no dia em que o comprei

 

"LOL could go and take a running jump. I wasn’t made for illiteracy; it simply didn’t come naturally"

 

Eleanor é uma pessoa a quem chamaríamos de social awkward, ou seja, alguém com poucas aptidões sociais. No entanto, é algo que muda quando conhece Raymond e vai desenvolvendo a sua primeira amizade na vida. À medida que a estória se desenrola, nos são dados detalhes que explicam o porquê da inaptidão social da Eleanor e vemos a evolução dela a enfrentar o que lhe é estranho. Tem os seus momentos de comédia, centrados na falta de conhecimento da Eleanor no que toca à cultura mainstream e às dificuldades sociais que ela enfrentam. Mas também tem os seus momentos de tristeza. Acaba por ser um livro bastante inspirador, tendo em conta que Eleanor enfrenta as suas dificuldades e o seu passado. Um dos momentos que mais me marcou foi o ela decidir começar a frequentar um psicólogo

 

"If someone asks you how you are, you are meant to say FINE. You are not meant to say that you cried yourself to sleep last night because you hadn't spoken to another person for two consecutive days. FINE is what you say"

 

É um livro muito interessante, com uma personagem principal fora do comum. A escrita é ligeira, mesmo nos momentos mais pesados, o que permite uma leitura fluída. Houve um ou dois momentos que não gostei, mas não prejudicaram a minha leitura e consegui ignora-los com facilidade

 

"These days, loneliness is the new cancer–-a shameful, embarrassing thing, brought upon yourself in some obscure way. A fearful, incurable thing, so horrifying that you dare not mention it; other people don’t want to hear the word spoken aloud for fear that they might too be afflicted, or that it might tempt fate into visiting a similar horror upon them"

 

Sendo este o primeiro livro de Gail Honeyman, estou bastante interessada em saber que mais ela irá escrever

 

"In the end, what matters is this: I survived"

 

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Quando foi a última vez que te perdeste num livro?

Gostava de me lembrar do primeiro livro que li. Gostava de me lembrar dos livros que me acompanharam nos primeiros passos de leitora. Gostava de ter lido mais durante a minha adolescência. Gostava de que os livros que li nessa fase não fossem sempre os mesmos. Gostava de ter arriscado mais e ter lido géneros diferentes durante a universidade. Gostava de ter lido mais livros que desafiassem o meu pensamento. Gostava de ter feito várias coisas diferentes ao longo do meu percurso como leitora. Mas jamais quererei mudar o facto de gostar de ler. De gostar de sentir o peso de um livro nas mãos e do seu cheiro, quer seja a novo ou a velho. Do poder que o que lá está escrito terá em mim. Dificilmente me arrependo de ter pegado num livro, por mais terrível que seja a escrita. Peguei num livro e isso já é muito em comparação à maioria das pessoas

 

Segundo o Expresso, a venda de livros desceu 20% nos últimos 10 anos e isso assusta-me. Poderia pensar que, apesar de a venda de livros ter descido, a utilização de ebooks e audiobooks compensasse essa descida. No entanto, duvido. Não me parece que estejam assim tanta gente a utilizar estes meios alternativos de leitura. Tendo em conta o que se tem visto na sociedade portuguesa, acredito que as pessoas andam a ler cada vez menos. Todos os dias oiço algo que me faz pensar “Esta pessoa não lê”

 

O livro é um recurso tão benéfico para nós. Permite-nos viajar, conhecer novas culturas e realidades, permite-nos aperceber de coisas que achávamos ser verdadeiras e, no entanto, são falsas. Permite-nos fugir da nossa própria realidade. Ajuda-nos a encontrar inspiração para enfrentar os nossos problemas ou a criar novas oportunidades para nós mesmos. Permite-nos ser mais criativos e a reflectir melhor sobre o que nos rodeia. Ajuda-nos a sermos melhores

 

O livro é algo mágico e que deveria ser receitado a toda a gente. Precisamos de mais amor, compreensão, empatia e sentido crítico neste mundo

 

Feliz dia Mundial do livro

 

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Livros Lidos: O Monge que Vendeu o seu Ferrari

"O Monge que Vendeu o Seu Ferrari é um best-seller inquestionável que oferece aos leitores uma série de lições simples e eficazes sobre como viver melhor. Combinando de uma forma inovadora a sabedoria espiritual do Oriente com os princípios ocidentais de sucesso e trabalho, mostra, passo a passo, como viver uma vida de coragem, equilíbrio, alegria"

 

Li este livro no seguimento das minhas reflexões do mês de Dezembro. Preciso de melhorar a minha visão sobre a vida, bem como a minha saúde física e mental e este livro ajudou-me a dar os primeiros passos

 

Este livro trata-se de uma fábula, onde um advogado de sucesso, Julián, depois de sofrer um enfarte, decide vender tudo e partir para a Índia, onde esperava iniciar uma jornada de auto conhecimento. Eventualmente, Julián regressa à sua cidade e partilha tudo aquilo que aprendeu ao longo da sua aventura com aquele que considerava ser seu amigo

 

Em menos de 200 páginas, Robin Sharma conta uma pequena estória recheada de conhecimentos importantes para as nossas vidas. Entre outras coisas, fala nas sete virtudes intemporais para uma vida melhor:

 

Dominar a mente

Cumprir com os objectivos a que nos propomos

Praticar o kaizen (melhoria contínua)

Viver com disciplina

Respeitar o nosso tempo

Servir os outros de forma altruísta

Viver no presente

 

Podia-se dizer que são coisas que toda a gente sabe, mas basta passar alguns minutos a observar as pessoas na rua para nos apercebemos que isso não acontece. Aliás, basta eu parar um pouco e reflectir para o meu quotidiano para saber que, apesar de ter o conhecimento daquilo que deveria fazer para melhorar a minha vida, verifico que não o faço. Temos a tendência que atirar as culpas para a falta de tempo, mas o que acontece na realidade é que damos prioridade ao que não nos faz feliz. Este livro permitiu-me parar e reflectir um pouco mais naquilo que faço. E, apesar de só ter lido na semana passada, posso dizer que me fez querer mudar mais algumas coisas. Obviamente, não se obterá mudanças de um dia para o outro, mas dei por mim a fazer certas coisas de um modo diferente do que fazia anteriormente

 

Para mim, foi um excelente livro e que sei que o irei reler várias vezes ao longo da minha vida

 

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