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Tu tens a mania

Tu tens a mania

Ainda sobre o Prémio Nobel da Literatura

Alguém sabe como se pode assistir ao banquete da entrega dos Prémios Nobel??? É que a Patti Smith vai actuar em vez do Bob Dylan e eu quero vê-la...!

Notícia Público

patti.jpg

 

 E confirmação da Patti Smith (retirado do Facebook da cantora)

"In September while attending the opening of my photographic exhibition at the Stockholm House of Culture, I was approached by a member of the Nobel Committee to sing at the ceremony.

At that time the laureates were not announced and I had planned to perform one of my own songs with the orchestra. But after Bob Dylan was announced as the winner and he accepted, it seemed appropriate to set my own song aside and choose one of his.

I chose A Hard Rain because it is one of his most beautiful songs. It combines his Rimbaudian mastery of language with a deep understanding of the causes of suffering and ultimately human resilience.

I have been following him since I was a teenager, half a century to be exact. His influence has been broad and I owe him a great debt for that.

I had not anticipated singing a Bob Dylan song on December 10, but I am very proud to be doing so and will approach the task with a sense of gratitude for having him as our distant, but present, cultural shepherd."

 

Dia Mundial da Poesia

Hoje celebra-se o dia mundial da Poesia. Este evento foi criado pela UNESCO em 1999, com o intuito depromover a leitura, escrita, publicação e ensino da poesia.

Nunca fui fã de poesia durante os meus estudos. Odiava sempre que me aparecia um poema à frente. As coisas começaram a mudar quando conheci a poesia de Pessoa. Isso aconteceu (mais ou menos) no meu 9º ano, mas o gosto ficou em stand-by até ao 12º ano: novamente Pessoa entrou na minha vida. Desde então, passei a procurar incluir mais poesia na minha vida. Tenho alguns poemas favoritos, e outros que se tornam significantes durante um curto período de tempo e depois nunca mais me lembro deles. Curiosamente, foi através da poesia de Pessoa que comecei a ler a poesia de Sophia de Mello Breyner e de William Shakespeare.

 

Infelizmente, continuo a ser esquisita no que toca a poesia. Torço o nariz à maioria que me passa à frente. Mas, de vez em quando, lá aparece um que me deixa a pensar durante dias.

 

Neste dia da Poesia, deixo aqui 3 poemas que adoro desde o dia em que os li.

 

Sophia de Mello Breyner - Há cidades acesas na distância

Há cidades acesas na distância,
Magnéticas e fundas como luas,
Descampados em flor e negras ruas
Cheias de exaltação e ressonância.

Há cidades acesas cujo lume
Destrói a insegurança dos meus passos,
E o anjo do real abre os seus braços
Em nardos que me matam de perfume.

E eu tenho de partir para saber
Quem sou, para saber qual é o nome
Do profundo existir que me consome
Neste país de névoa e de não ser.

 

Alberto Caeiro - Não sei quantas almas tenho

Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,

Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.

Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que sogue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo : "Fui eu?"
Deus sabe, porque o escreveu.

 

William Shakespeare - Sonnet 18

Shall I compare thee to a summer's day?
Thou art more lovely and more temperate:
Rough winds do shake the darling buds of May,
And summer's lease hath all too short a date;
Sometime too hot the eye of heaven shines,
And often is his gold complexion dimm'd;
And every fair from fair sometime declines,
By chance or nature's changing course untrimm'd;
But thy eternal summer shall not fade,
Nor lose possession of that fair thou ow'st;
Nor shall Death brag thou wander'st in his shade,
When in eternal lines to time thou grow'st:
So long as men can breathe or eyes can see,
So long lives this, and this gives life to thee.


 

Edgar Allan Poe

Hoje celebram-se os 207ª aniversário do nascimento do escritor Poe. Desde que o conheci que me sinto cativada pela a sua escrita. Inicialmente foram os poemas, mas rapidamente passei para as restantes obras literárias.

Apesar de não ser muito conhecido pela população geral  ("Ah e tal, é um escritor gótico"), a sua obra teve imenso impacto na cultura actual. A sua obra inspira dezenas (se não são centenas) de escritores, realizadores e cantores.  Sir Arthur Conan Doyle, Júlio Verne, H. G. Wells, Bob Dylan, the Beatles, Queen, White Stripes, Marilyn Manson, Thirty Seconds to Mars, Anthony and the Johnsons... Fora todas as peças de teatro, filmes e séries televisivas baseadas  no seu trabalho.

Pena não se dar mais valor a este escritor, pois os seus textos são de uma beleza rara...!

 

O poema que se segue não é o meu preferido, que é o "The Raven", mas é um dos primeiros que li dele.

 

The Haunted Palace

In the greenest of our valleys
   By good angels tenanted,
Once a fair and stately palace-
   Radiant palace- reared its head.
In the monarch Thought's dominion-
   It stood there!
Never seraph spread a pinion
   Over fabric half so fair!
Banners yellow, glorious, golden,
   On its roof did float and flow,
(This- all this- was in the olden
   Time long ago,)
And every gentle air that dallied,
   In that sweet day,
Along the ramparts plumed and pallid,
   A winged odor went away.

Wanderers in that happy valley,
   Through two luminous windows, saw
Spirits moving musically,
   To a lute's well-tuned law,
Round about a throne where, sitting
   (Porphyrogene!)
In state his glory well-befitting,
   The ruler of the realm was seen.

And all with pearl and ruby glowing
   Was the fair palace door,
Through which came flowing, flowing, flowing,
   And sparkling evermore,
A troop of Echoes, whose sweet duty
   Was but to sing,
In voices of surpassing beauty,
   The wit and wisdom of their king.

But evil things, in robes of sorrow,
   Assailed the monarch's high estate.
(Ah, let us mourn!- for never morrow
   Shall dawn upon him desolate!)
And round about his home the glory
   That blushed and bloomed,
Is but a dim-remembered story
   Of the old time entombed.

And travellers, now, within that valley,
   Through the red-litten windows see
Vast forms, that move fantastically
   To a discordant melody,
While, like a ghastly rapid river,
   Through the pale door
A hideous throng rush out forever
   And laugh- but smile no more.

J. R R. Tolkien

“All that is gold does not glitter,
Not all those who wander are lost;
The old that is strong does not wither,
Deep roots are not reached by the frost.

From the ashes a fire shall be woken,
A light from the shadows shall spring;
Renewed shall be blade that was broken,
The crownless again shall be king.”

 

Feliz aniversário Professor Tolkien (3 Janeiro 1892 – 2 Setembro 1973)

 

tolkien.jpg

 

 

 

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