Sobre o Brexit
Hoje acordei para a confusão. Nos últimos dias tinha-se visto um aumento nas sondagens para o voto no "remain" e, na realidade, ganhou a saída. É o que dá acreditar nas sondagens. Nunca acreditei nelas, mas, neste caso, tinha alguma fé que elas até tivessem certas. O futuro agora é incerto. Falam em divórcio rápido, mas as coisas jamais ficarão bem feitas no meio da rapidez. A Escócia quer sair do Reino Unido e, desta vez, apoio. Já ouvi rumores que a Irlanda do Norte também começa a ponderar sair e juntar-se à República da Irlanda. Não sei como conseguirão fazer isso, se sempre for realidade. Mas não fico nada surpreendida com isso.
Vi algumas pessoas no Twitter a aconselharam aos britânicos comprarem o livro de "V for Vendetta" ("V de Vingança", lançado em português há coisa de duas semanas, escrito por Allan Moore e desenhado por David Lloyd. Se não gostarem de ler, vejam o filme. É brilhante). Enquanto que este conselho tem sido passado para que as pessoas percebam para que tipo de sociedade o Reino Unido pode estar a caminhar, tenho algum receio que os jovens decidam seguir algumas das pegadas de V, e, se o fizerem, não os irei recriminar. Ver o futuro a ser destruído por pessoas mais velhas, influenciadas pela campanha de medo feita pelos apoiantes da saída é absolutamente revoltante. Não sei o que faria se estivesse na situação deles, mas teria, de certeza, muita mágoa, desilusão e revolta.
Acho que hoje acordámos para o início disto: Anarchy in the U.K.