Regresso ao trabalho
Hoje é o último dia da primeira semana de trabalho
A semana até começou bem. Como houve obras na empresa, passei os dois primeiros dias em limpezas (e que limpezas!). No entanto, lá tive de me sentar em frente do computador e enfrentar o trabalho. E as coisas começaram a correr mal. O patrão bem dizia que o funcionamento da fábrica iria mudar, que o modo como é gerida a informação seria melhorado, blá blá blá. Nunca acreditei muito nessa conversa. E hoje, ao final de uma semana de trabalho, posso dizer "ainda bem que não acreditei no que disseram". As coisas estão na mesma e a caminhar numa direcção pior. Continua a não haver organização, continuam a depositar trabalho em cima de mim como se eu fosse alguém que consiga fazer o trabalho de duas pessoas ao mesmo tempo, o patrão continua a não ser de confiança e agora acrescentou o talento de mandar bocas de forma desmesurada.
Se isto continuar assim, as coisas não irão correr nada bem para os lados do patrão. A maneira como lida com as pessoas e como critica o trabalho só deixa as pessoas desmotivadas e sem vontade de trabalhar. O facto de as pessoas tentarem arrastar as tarefas que têm em mãos não está relacionado com preguiça ou incompetência. Está relacionado com a falta de interesse no trabalho e com a falta de estímulo. Não é a fazer horas extraordinárias que se aumenta a produtividade, mas sim mantendo os trabalhadores satisfeitos com o próprio trabalho e a fazer-lhes sentir necessários. É apreciando o trabalho deles e quando, algo corre mal, não apontar dedos, mas sim tentar encontrar forma de contornar o problema e como se pode evita-lo no futuro
Oiço muito a frase Ninguém é insubstituível. Mas substituir alguém acaba por ser mais caro do que manter o trabalhador motivado. Mas o meu patrão não pensa dessa maneira. E parece-me que, à custa disso, até ao final do ano, as coisas irão correr muito mal. Só espero já não estar presente quando isso acontecer