Livros e o mundo
Ontem, dia 23, foi dia Mundial do Livro. No ano passado falei sobre a sua origem (aqui). Este ano, um pouco atrasado, decidi reflectir sobre o porquê de lermos.
A resposta mais imediata é por prazer. Gostamos de ler porque nos permite fugir da realidade. Temos a possibilidade de conhecer novas cidades, mundos e realidades, sem termos que sair do nosso casulo. Ajuda a aliviar o stress criado com as nossas rotinas esgotantes. Permite conhecer consequências sem termos que cometer os actos. Permite saber que existe mais pessoas no mundo como nós e faz-nos sentir menos sozinhos.
Mas existe um lado analítico no acto de ler. A leitura permite-nos aprender, melhorar a linguagem e a escrita, melhorar a concentração e a memória, estimula a mente e desenvolve o sentido crítico. Permite-nos compreender o mundo e entender a natureza humana.
Conheço muita gente que só sabe criticar as pessoas e que não conseguem compreender como é que certas coisas acontecem (Trump, Brexit, Le Pen, etc.). E, ao ouvi-las falar, sei que lhes falta leitura. E também sei que a falta de leitura está por detrás do que se tem passado no mundo. A falta de sentido crítico permite acreditar em tudo o que nos é dito e que nos é apelativo, sem pensar na realidade por detrás das coisas.
Para mim, a falta de leitura tem sido um grande problema no mundo. Bem como a falta de empatia. E, curiosamente, ler permite desenvolver empatia.