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Tu tens a mania

Tu tens a mania

Eu tenho um problema

E chama-se livros. Normalmente, eu até diria que não é problema nenhum, que ler só faz bem e dinheiro gasto num livro nunca será mal gasto. Mas a verdade, e após uma reflexão das compras que fiz este mês (que felizmente acaba hoje), verifico que, se calhar, abusei um pouquinho.

A verdade seja dita: todos eles foram comprados com descontos. Mas não me lembro de alguma vez ter comprado tantos num só mês. Seis deles foram adquiridos na Feira do Livro do Porto (sendo que três são em segunda-mão). Os outros três foram graças a promoções e permitiram acumular saldo nos respectivos cartões de cliente (o último foi comprado ontem e recebido hoje: Wook, tu nunca me falhas!!!).

Um já está lido, outros dois vão a meio do caminho. Planeio ler mais dois ler em Outubro. O resto, não sei. Agora vai ser controlar até ao mês de Novembro ou, até quem sabe, Dezembro (no entanto, tenho a certeza que isto são apenas palavras atiradas ao vento, faço anos em Outubro. Acham mesmo que não vou oferecer a mim mesma um livro???).

 

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Os Homenzinhos Livres

Este livro, juntamente com "Nação", foram dos livros que andei a namoriscar na edição da Feira do Livro do Porto do ano passado. Este ano, eles não me escaparam. Para ser realista, o desconto não foi grande coisa, a Saída de Emergência podia ter feito um pouco melhor, mas, mesmo assim, trouxe-os e, para já, ainda não me arrependi de o ter feito.

O pensamento imediato aquando de ter terminado o livro foi que tenho imensa pena de só estar a ler este livro agora. Lançado em 2003 e direccionado para os jovens adolescentes, a minha versão adolescente de 2003 iria adorar ter lido este livro. No entanto, como ainda não sei ser adulta, não me vou preocupar se fica mal ou não ler este tipo de livros.

 

O livro conta a história de Tiffany Dores, uma jovem criança de 9 anos que decide partir à procura do seu irmão mais novo, que foi raptado pela Rainha das Fadas (e eu a achar que as fadas até eram boas cachopas). Nesta aventura, Tiffany conta com o apoio dos Nac Mac Feegles, os homenzinhos livres, que também são ladrões, bêbados e arruaceiros. São umas coisinhas pequeninas, azuis, com o cabelo vermelho e vestem-se como o Mel Gibson no filme Braveheart (mas sem o cavalo, se bem que há um que consegue controlar pássaros).

Mel Gibson Braveheart.jpg

Há muito que não me ria tanto ao ler um livro (a última vez deve ter sido com um dos livros de Christopher Moore). É óbvio que os pequenos Feegles são o elemento cómico do livro, desde o modo como são caracterizados até à sua forma de falar (há muito que não ouvia alguém dizer "diacho").

Trata-se de um livro de fácil leitura, cheio de ritmo e bastante cativante. Não duvido que as crianças/adolescentes irão gostar, mas parece-me que são mais aqueles que se encontram no início da vida adulta que o lêem. Isto porque se trata de Sir Terry Pratchett, um grande escritor de fantasia, pouco conhecido por terras lusitanas e, consequentemente, só quem já enveredou pelo mundo da fantasia que o conhece. Curiosamente, eu conheci-o há uns dois anos atrás, através de Neil Gaiman e Good Omens (Bons Augúrios, em português). Ainda mais, tenho conhecimento de que só estes três livros de Terry Pratchett aqui mencionados se encontram editados em português. O que é uma pena.

 

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Saúde Mental e a Literatura

Na terça-feira, através da Antena 3 e do post de Diários de Leitura, conheci mais um curso online a seguir: Literature and Mental Health, dada pela Universidade de Warwick. Este curso é gratuito, no site da Future Learn. A ideia deste curso é estudar a relação entre a saúde mental e a leitura e de como podemos influenciar o nosso estado emocional através da literatura. Tem a duração de 6 semanas (começou no início de Setembro, mas pode-se juntar ao curso quando se quiser) e os temas debatidos serão em torno de: stress, desgosto, perda, trauma, depressão e demência.

Este curso tem a colaboração de diversas pessoas, entre médicos, escritores e actores (Stephen Fry e Sir Ian McKellen). A primeira semana é sobre stress e, pelo meio, apareceu-me este poema, lido por Sir Ian.

 

Composed Upon Westminster Bridge, September 3, 1802

Earth has not anything to show more fair:
Dull would he be of soul who could pass by
A sight so touching in its majesty:
This City now doth, like a garment, wear
The beauty of the morning; silent, bare,
Ships, towers, domes, theatres, and temples lie
Open unto the fields, and to the sky;
All bright and glittering in the smokeless air.
Never did sun more beautifully steep
In his first splendour, valley, rock, or hill;
Ne’er saw I, never felt, a calm so deep!
The river glideth at his own sweet will:
Dear God! the very houses seem asleep;
And all that mighty heart is lying still.

W. Wordsworth (1770–1850)

 

 

Cheira-me que, não só acabarei este curso com um novo olhar sobre o impacto da leitura, bem como uma mão cheia de textos e autores para ler

Mr. Robot

Desde que vi o primeiro episódio de Mr. Robot que me rendi à história. Esta série fala de problemas como a ansiedade social, depressão, impacto do consumo de drogas e, em especial, o hacktivism, coisas que raramente são mencionadas nas séries de hoje em dia. No mundo cheio de séries policiais iguais e de séries lamechas do tipo Grey's Anatomy, Mr. Robot foi uma lufada de ar fresco que tive.

mr robot.jpg

A série centra-se em Elliott, um jovem programador a trabalhar numa empresa de cibersegurança durante o dia e, durante a noite, torna-se num hacker vigilante. Quando conhece Mr. Robot, líder de um grupo de hackers, Elliott vê a sua vida virado ao avesso.  mr robot 2.JPG

Desde o primeiro episódio que os críticos e os fãs se encontram rendidos a esta série (96% na Rotten Tomatoes e 8,7 no IMDB). E, na semana que sairá o último episódio da segunda temporada, o nosso Elliot Alderson (Rami Malek) ganhou o Emmy para Melhor Actor Principal em Série Dramática e Mac Quayle ganhou o Emmy Melhor Composição Musical para Série. Já no início do ano, a série tinha ganho o Globo de Ouro para Melhor Série Dramática e Christian Slater tinha ganho o Globo de Ouro para Melhor Actor Secundário em Série. Curiosamente, este prémios foram todos devido à primeira temporada. Tendo em conta que esta segunda temporada tem sido bem mais acelerada, deixando-me sempre ansiosa pelo próximo episódio, cheira-me que o número de prémios no próximo ano vai aumentar.

 

Amanhã sai o último episódio. E eu vou ter que procurar uma nova série para ver.

fsociety.jpg

 

"Hello friend. Hello friend? That's lame. Maybe I should give you a name. But that's a slippery slope, you're only in my head, we have to remember that. Shit, this actually happened, I'm talking to an imaginary person. What I'm about to tell you is top secret. A conspiracy bigger than all of us. There's a powerful group of people out there that are secretly running the world. I'm talking about the guys no one knows about, the ones that are invisible. The top 1% of the top 1%, the guys that play God without permission. And now I think they're following me." - Elliott

 

 

"The world is a dangerous place, Elliott, not because of those who do evil, but because of those who look on and do nothing." - Mr. Robot

 

 

 

 

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