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Tu tens a mania

Tu tens a mania

Sobre o Brexit

Hoje acordei para a confusão. Nos últimos dias tinha-se visto um aumento nas sondagens para o voto no "remain" e, na realidade, ganhou a saída. É o que dá acreditar nas sondagens. Nunca acreditei nelas, mas, neste caso, tinha alguma fé que elas até tivessem certas. O futuro agora é incerto. Falam em divórcio rápido, mas as coisas jamais ficarão bem feitas no meio da rapidez. A Escócia quer sair do Reino Unido e, desta vez, apoio. Já ouvi rumores que a Irlanda do Norte também começa a ponderar sair e juntar-se à República da Irlanda. Não sei como conseguirão fazer isso, se sempre for realidade. Mas não fico nada surpreendida com isso.

Vi algumas pessoas no Twitter a aconselharam aos britânicos comprarem o livro de "V for Vendetta" ("V de Vingança", lançado em português há coisa de duas semanas, escrito por Allan Moore e desenhado por David Lloyd. Se não gostarem de ler, vejam o filme. É brilhante). Enquanto que este conselho tem sido passado para que as pessoas percebam para que tipo de sociedade o Reino Unido pode estar a caminhar, tenho algum receio que os jovens decidam seguir algumas das pegadas de V, e, se o fizerem, não os irei recriminar. Ver o futuro a ser destruído por pessoas mais velhas, influenciadas pela campanha de medo feita pelos apoiantes da saída é absolutamente revoltante. Não sei o que faria se estivesse na situação deles, mas teria, de certeza, muita mágoa, desilusão e revolta.

Acho que hoje acordámos para o início disto: Anarchy in the U.K.

 

Felicidade alheia

Eu só vejo gente feliz pelas ruas. Motivo? Está sol e calor. Não sou uma dessas. Está demasiado calor para mim. Mas o que me irrita mais neste tempo é o excesso de pó e pólen que existe. Enquanto toda a gente vai para rua passear, eu tenho que ficar fechada dentro de quatro paredes para não piorar.

Portanto, minha querida rinite, vai para um certo sítio que eu estou farta de ti!

 

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 (Literalmente o que o meu colega me disse ontem)

Dustin by Steve Kelley Jeff Parker

 

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Calvin and Hobbes by Bill Watterson

 

 

 

 

Fome de ler

Vamos, desde já, esclarecer uma coisa: eu gosto de ler. Livros , jornais, revistas, blogues, textos aleatórios, panfletos, rótulos de shampoo, manuais de instruções, etc.. Não costumo passar um dia sem ler o que quer que seja. Mas, na realidade, há dias que não quero ler. Não tenho paciência, não consigo concentrar-me, falta-me a vontade.

Ler é um estimulante. Exercita a mente e excita a alma. Faz-nos viver histórias que jamais pensávamos ter a oportunidade de viver. Permite-nos isolar do mundo actual e focar-nos em algo novo, desconhecido. Ler é viajar. Mas, como tudo na vida, o que é em excesso cansa.

Cada um tem o seu limite. E eu costumo atingir o meu regularmente. A última vez foi neste fim-de-semana. Terminei de ler, na sexta-feira, "Uma Caneca de Tinta Irlandesa". Só hoje é que comecei a ler um novo livro - "O Amante de Lady Chatterley". Três dias sem livros (apenas algumas notícias, blogues e as contracapas dos livros que comprei). Nem as legendas dos filmes e séries que vi li. Fugi o que podia da leitura.

Hoje acordei ansiosa. Precisava de pegar num livro. Precisava de lhe sentir o peso, de lhe folhear. Já li um pouco durante a viagem para o trabalho. Mas continuo ansiosa.Quero mais e mais.

Faz bem deixar de ler, de vez em quando. Dá para recarregar o cérebro e reconectar com esta fome de ler. E as saudade que já tinha dela...

 

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Feira do Livro

Queridos lisboetas, podem ficar com a vossa feira. Eu cá diverti-me imenso na Feira do Livro de Aveiro. É verdade, é pequena, não tem animação constante, nem autores em sessões de autógrafos. Mas encheu o olho e esvaziou bem a carteira (e eu que fale).

Na realidade, ontem não era apenas a Feira do Livro. Havia, pelo meio, o Mercado Cooletivo (que é uma espécie de flea market). É um mercado que se realiza no segundo sábado de cada mês, na zona envolvente do mercado Manuel Firmino (onde decorre a Feira do Livro).

Na parte da Feira, eu bem que espreitei as editoras e livrarias, mas não haviam descontos apelativos (pelo menos para mim). Quando cheguei ao alfarrabista Angels Formula Associação (de Braga), aí sim, não só enchi o saco de livros, como fiquei abaixo do que tinha estipulado gastar. Por 2,5€ cada livro, trouxe comigo 5 livros:

  • Terra Sonâmbula, de Mia Couto;
  • Quem Mexeu no meu Queijo?, de Dr. Spencer Johnson;
  • Focus, de Arthur Miller;
  • Morte dum Caixeiro-Viajante, de Arthur Miller;
  • O Espião que Saiu do Frio, de John Le Carré;

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 No Mercado comprei outros 4 livros, a 3€ cada. Era costume haver bem mais livros, mas desta vez as escolhas eram um pouco diminutas.

  • Contos de Natal, de Charles Dickens;
  • A Cor Púrpura, de Alice Walker;
  • Crónicas do Sul, de Luis Sepúlveda;
  • Nome de Toureiro; de Luis Sepúlveda;

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No dia anterior fui à Viagem Literária em Coimbra, realizada com Luis Sepúlveda e Richard Zimler. Lá tinham os livros mais recentes de cada escritor sem descontos, portanto, para mim, foi um fantástico achado estes dois livros de Sepúlveda e ao preço em que eles estavam (basicamente com o preço de um livro na Viagem, comprei dois livros e um molho de flores no mercado ).

 

Não sei quando é que irei lê-los, pois ainda tenho vários livros para atacar antes. Mas vou tentar que seja ainda este ano. (Tenho, definitivamente, começar a comprar menos livros...) 

 

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 Olá coisinhas lindas!

Sono, muito sono

Hoje, o meu dia resume-se a isto:

 

"Temos de alterar a nossa concepção de repouso e actividade. Não devíamos dormir para recuperar a energia consumida quando estamos acordados, mas antes acordar ocasionalmente para defecar a energia indesejada que o sono engendra" - Flann O'Brien, Uma caneca de tinta Irlandesa

 

Ainda falta tanto para voltar à minha fiel caminha...

 

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Decisões

Às vezes é complicado tomar decisões. Este ano foi o ano de decisões complicadas a nível universitário. Último ano a estudar, onde tinha que frequentar um estágio. Estágio esse que achava que iria ser muito bom profissionalmente. Enganei-me.

Aprendi com ele. Mas não foi nada do que estava incluído na lista de aprendizagem que os professores nos ditam. Aprendi a dizer “não”. É engraçado ver o que cresci desde que coloquei os pés no primeiro estágio. Sim, primeiro. A ideia dos estágios curriculares é estar numa empresa, a conhecer os seus procedimentos e elaborar um projecto que será apresentado no final do ano. No meu caso, o estágio teria a duração de 7 a 8 meses. Foi das primeiras a candidatar-me a um estágio e fui a primeira a candidatar-me para a empresa em que fui aceite (e, curiosamente, a minha única opção). No início só via vantagens: era a área que eu queria, era perto de casa, o pessoal era todo jovem e divertido.

Logo no primeiro dia detectei problemas na empresa. O mais importante: falta de comunicação. Pode parecer um problema pequeno, mas não é. Não sabiam qual era o projecto que iria desenvolver. Uns diziam que era uma coisa, outros diziam que era outra. No final disseram que iria trabalhar com uma colega que também tinha entrado há pouco tempo. Peguei no trabalho dela e tentei definir um projecto. Passei as primeiras duas semanas a sentir-me perdida e com pouco apoio. Acabaram por me dar outro tipo de trabalho para me habituar à empresa. Ao final de um mês e meio, sentia-me miserável e com vontade de desistir (não só do estágio, mas também do mestrado, por achar que tinha escolhido o curso errado). Após ter assistido a um episódio lamentável, decidi falar com a minha orientadora. Quando acabei de descrever o que se passava, ela disse logo para procurar outro estágio, pois não podia ficar lá. Ao final de três meses de estágio, estava a sair pela última vez daquela empresa.

Custou. Senti que estava a ser uma desilusão para os meus pais por estar a abandonar um bom estágio. Senti que estava a virar as costas à mais pequena dificuldade. Senti que estava a ser ingénua. Mas não concordava com o modo operativo daquela empresa. Não dormia em condições. Andava demasiado triste e desanimada com a minha vida. Não era justo continuar assim.

A mudança de estágio trouxe uma mudança de ar e de rotinas. Deixei de ter pouco tempo de viagem. Passei a ter que levar almoço. Passei a chegar tarde a casa. Mas passei a estar animada e feliz. Ainda há dias em que me apetece ficar enfiada na cama e não sair de lá. Mas consigo arranjar forças para me levantar. Passei a conseguir sorrir espontaneamente todos os dias no trabalho. Passei a conseguir conviver com as pessoas e a sentir-me integrada. E, apesar de ter de apresentar a dissertação na época especial (em Outubro), sinto-me feliz onde estou.

Às vezes custa dizer que não. Mas só me trouxe coisas boas.

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